Nós,
Pretensos amantes
Dois pontos eqüidistantes,
Duas notas dissonantes,
Espaço entre o depois e o antes,
Um desejo sem afeto
O “A” e o “Z” do alfabeto
Distância entre o longe e o perto
Eu, deste sonho, deserdo.
Sem mesmo beijar-lhe a boca
Estanco a emoção pouca
De tê-la no braço
Frágil como este laço
Que se desfaz ao meu contato
Escolho o real ao abstrato
E Troco
O embaço do meu carro
Com perfume barato,
Por amor e um contrato...