Dormiram assim, abraçadas.
A terra foi depositada com amor, sobre suas sobrancelhas, nos lábios das freiras, na resignação de quem pecou e sabe...
Então ficou estática como uma pêra.
Não se sabe se por isso rezou, abraçou a jovem ternamente e rezou uma Salve Rainha, com seu terço de muitos anos.
Coroadas como Maria, com sapatos que não vão a nenhum lugar, com sapatos para deitar e chamar a escuridão.
A outra em pose fetal, de morte fatal...
As paredes se fecharam, as argilas secaram, os anos passaram, os rostos escaveiraram, as flores murcharam... E ao procurarem cupim, acharam...
Este foi enfim...
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u376378.shtml
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Lindas as suas palavras, querida Giovanna. A imagem das dua freiras (que nem morreram na mesma época) inspira, mesmo a gente a imaginar uma história para ambas. Você foi muito feliz. E inspirada. O que não é novidade nenhuma. Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.
Vim em busca de novidades.
Estou lendo o seu livro. E me divertindo bastante com suas imagens. Boa Páscoa. Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.
Saí pra comprar uma mesa e encontrei uma "encantada" e "encantante". Adorei o texto das freiras. Não pude ler as outras coisas ainda, mas vou. Nos falamos. (Ah, estou ouvindo a ópera Tristão e Isolda). Augusto (gutocesar3@gmail.com)
Postar um comentário