Ficava bem em meio aos pós, cá entre nós, modernos ou antigos, pós-partos, pós-infartos, pós-literários, pós-insustentáveis pelo ar, pó...
Quanto o tempo está marcado pelos pós, pós-musicais, pós-existenciais, entre o pó e o tempo, pós-invento, entre o pé de vento e o entretenimento do tempo... Deixado de lado a um pano de prato, um porta-retrato, pêlos de rato ou o fato, preso no farto pó do casaco...
Ficava bem em meio ao pós, cá entre os nós, de marinheiro, dentro do tabuleiro, bengala do cabideiro de séculos idos, revividos, sob os móveis antigos. Quem diria? Quem poderia no meio da velharia, ficar bem, cá entre nós, dos dedos negros do jacarandá.
O pó lhe caia bem...
Almas mofadas, guardadas em baixo das almofadas fadadas ao esquecimento, acordadas pelo atrevimento do restaura-a-dor...e dói a-cor-dar...
Ficava bem acordada, em meio ao pó... Ali parada, estática de dar dó...Ficava bem cá entre nós, entre a mobília que não era velha, mas antiga, porque tem gente que é velha, mas tem gente que é antiga, faltava-lhe um vestido, comprido, o jeans não lhe dava ares de atualidade, tinha sempre um ar de saudade, de que ficou pra trás a felicidade e uma gota de lágrima pendurada, ... que ficava bem mesmo em pó....
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